sábado, 20 de junho de 2009

O que fazer com o Crack

crack-15Atualmente milhares de crianças, jovens e adultos estão se tornando usuários dessa droga, que causa uma desestrutura familiar em muitos lares. É mais barata que a cocaína, mas seu efeito dura menos tempo que a mesma, fazendo com que seu uso ocorra em maiores quantidades. O crack é o resultado da mistura da cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, que resulta aos grãos que são fumados em cachimbos.


Em 15 minutos, o crack já começa a fazer seus efeitos. Ele chega ao cérebro, causando uma forte aceleração aos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. E a cada 15 minutos surge à dependência de usar a droga de novo, fazendo o vicio por ela, aumentar a cada momento.


No Rio Grande do Sul, milhares de casos são mostrados diariamente. São mães que acorrentam seus filhos para não usarem a droga. Neste ano aconteceu em Porto Alegre, o caso da mãe matar o próprio filho, pois não agüentava mais sofrer agressões dele, que era usuário de crack.


O crack, além de destruir a vida do usuário, destrói a vida dos familiares. Atualmente, o trafico de drogas está crescendo cada vez mais, e com isso, os assaltos e as mortes vem aumentando consequentemente. Pois o usuário, para poder sustentar o seu vicio, precisa de dinheiro para pagar o traficante. Sendo assim, começa a praticar roubos muitas vezes dentro da própria casa. Depois começam a assaltar e a matar para conseguir a droga.


Mas quem sofre com tudo isso, são os familiares, eles que sentem na crack_meninopele a dor de muitas vezes serem vencidos pela droga e de perderem um membro da família para ela. Quantas famílias hoje estão sofrendo por não terem mais a quem e como recorrer, muitas mães que hoje estão vendo seus filhos perderem a vida. Tudo isso tem que ter um fim, ontem pode ter sido com a Maria, hoje com o João e amanhã pode ser dentro da sua casa.


No estado são consumidas 2,4 toneladas de crack por mês, por um total de 50 mil usuários. São adolescentes que engravidam através da prostituição para sustentar o seu vicio. E muitas vezes, quem vende a droga, não consome ela.


Para um usuário poder se recuperar, antes de tudo, a família tem que se preparar, a família tem que se recuperar junto. No momento em que a família não estiver junta, não estiver unida, ela não vai conseguir dar o apoio que é preciso. E com isso, nada será capaz de ajudar o dependente a conseguir vencer esse vicio.


A sociedade tem que se unir, tem que saber dizer NÃO, saber ser mais forte que essa droga que está tomando conta da sociedade gaúcha. Se cada um fizer a sua parte, as famílias unirem forças e o governo tomar suas devidas providencias, poderemos dar um fim a essa droga que está tirando a vida de tantas pessoas.


Publicado em: O Curioso da Unisinos

Trabalho Social na Horta Comunitária da Vila União dos Operários




Em maio de 1984, o Irmão Antonio Ceccin teve a idéia de ajudar os moradores da Vila União dos Operários de uma forma que cada um deles pudesse ter sua própria fonte de renda. Irmão Antonio, junto com 3 capuchinhos, começou a idealizar a horta comunitária e colocar em prática junto com os moradores. O movimento de criação foi uma das melhores soluções para os moradores de baixa renda, que hoje utilizam a horta como fonte de renda, plantio e cultivação de verduras. Desde 1984 o grupo trabalha de forma organizada e a partir de 1996 se tornou uma ONG registrada.


“Ela é nossa menina dos olhos e motivo de orgulho para todos aqui. É o pulmão da nossa vila.” As palavras da educadora popular Ivonete Maria Almeida, 51 anos, ilustram bem a relação que a comunidade da Vila União dos Operários, no Bairro Mathias Velho, tem com sua horta comunitária. O espaço, criado a partir de uma ocupação realizada no começo dos anos 80, é utilizado por 32 famílias associadas que cultivam produtos para subsistência de cerca de 160 pessoas. O grupo forma a Associação da Horta Comunitária União dos Operários. Inicialmente disponibilizava apenas para área de plantio de alimentos. Hoje, conta também com uma sala de informática e uma creche que atende cerca de 30 crianças da vila. “Essa creche não recebe nenhum recurso do governo, ou seja, as únicas pessoas que ajudam são as próprias famílias. Seu funcionamento acontece graças à ajuda dos pais das crianças e responsáveis. Em alguns momentos o SESC ajuda com um pouco de alimento”, explica Alcindo Pereira, ex-presidente da entidade.


O próximo passo será uma construção de uma cozinha para o beneficiamento da produção, com o objetivo de agregar valor aos produtos que são vendidos em feiras. A verba será utilizada para a manutenção do espaço. Cada associado recebe um canteiro para o plantio. A horta é voltada basicamente os moradores da vila e de seu entorno. ”Cada um, planta para si e sua família. Parte vai para atender a creche. Aquilo que sobra é trocado entre eles”, explica Ivonete, que é diretora fiscal da entidade e há 15 anos participa da iniciativa. Estreante na Câmara Municipal, o Vereador Ivo Fiorotti (PT) acompanha a idéia desde sua gestação e hoje é um dos membros da associação. O parlamentar mora em frente ao local desde 1993. ”Aqui, a responsabilidade do canteiro é individual, mas o uso da água, insumos e ferramentas é coletivo.”, explica.


Além dos moradores da Vila União dos Operários, moradores de bairros vizinhos também


fazem


uso da horta, tanto para plantio como para uma forma de capacitação profissional.



Ivonete esteve presente no desenvolvimento da HOCOUNO, como a horta é conhe


cida hoje, e foi uma das responsáveis pelo projeto Consorcio Social da Juventude, que atendeu jovens de idade de 16 a 24 anos. Esse projeto teve ajuda do Governo Federal e ajudou os jovens a terem sua primeira experiência profissional. A jovem de 19 anos, Raquel Flores foi uma das jovens que participou do projeto. “Foi com esse projeto que tive a chance de ter meu primeiro emprego e poder pagar minha faculdade” diz a jovem, que atualmente é estudante de Relações Publicas.


Em março deste ano, a atual presidente da HOCOUNO, Lucy Dalva Lopes de Oliveira, a Tia Lucy, foi homenageada, recebendo o prêmio Picucha Milanez na Câmara de Vereadores de Canoas. Lucy é responsável pela HOCOUNO e coordenadora da creche comunitária existente dentro da comunidade. Além destas duas grandes responsabilidades, faz o curso de Pedagogia. Mostra-se uma mulher forte e batalhadora, que através do seu voluntariado tenta de alguma forma ajudar as crianças da Vila União dos Operários.

Se não fosse um grupo de pessoas seguirem a idéia do Irmão Antonio, hoje muitas pessoas estariam vivendo em condições precárias, sem qualificação, sem cuidado e, principalmente, sem ter o que comer. A HOCOUNO é um exemplo de que as coisas podem melhorar, e que isso só depende do nosso esforço.

Publicado em: O Curioso da Unisinos